segunda-feira, 21 de janeiro de 2008




sou vulcão rodeado de saudade
não há terra por perto
para que me possa alongar
e mudar de alguma forma
a forma do fogo
pede ao diabo que te traga
traz a água da tua ilha contigo
toca-me ao som da tua voz
e extingue-me
extingue-me que me farto
e farto cresço
e sou tão grande

que não caibo em mim

2 comentários:

Anónimo disse...

E não cabendo em mim sou ainda maior que a extinção que não me apaga, que a sede que não morre, que a ilha que me rodeia, que a saudade que me prolonga pelo tempo adentro...

Anónimo disse...

...e tempo adentro me secam os lábios que a água que trazes da tua ilha nunca é bastante e a lava incandesce nas visceras nesse tremor pujante da saudade que tem formas tuas nessa música que tocas no toque que estremece em mim e me aquieta quando a erupção ruge vinda da vontade de crescer e espreita o mar...