domingo, 21 de setembro de 2008




judite
não fales
na terceira pessoa
judite
arde
na terceira pessoa

arrumada na história paralela
da moldura escondida
entre duas de família
“amo-te”, cala judite
que não parece bem que o diga
tão rápido e tão alto
“é o outono quente
nestas ruas de lisboa
que te procuro
nos rasgos velhos
de móveis abandonados”

arde judite
no silêncio
da terceira pessoa