provei um grão de
areia
para saber a que sabia
o que sabia o grão de areia.
sabia a sal
e sabia sobre cada
amarra que matou aquele Ulisses
sabia daquele Ulisses e
de tantos outros
tantos mais que todas
as sereias, ninfas e tágides
possíveis de imaginar
incapazes de os
salvar.
tantos Ulisses perdidos,
à deriva
uns amarrados outros
loucos mas todos sós.
isto era a que sabia o
que sabia este grão de areia.
pensei em Penélope e
olhei o areal.
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