terça-feira, 11 de março de 2008




leonor um dia pediu ao céu
que lhe mandasse um raio
que a fizesse em tantas
quantas fosse.
o céu sorriu.

leonor num dia de chuva
pediu à arvore
que ali a deixasse ficar
apenas por pouco.
a árvore sorriu.

leonor numa noite de tempestade
pediu ao mar que a levasse
que às suas ondas ordenasse
que corressem ao contrário.
o mar sorriu.
o céu também:
“não te divido
que te reino
assim como és.”.

2 comentários:

BlueQuadroPhenia disse...

Pede o infímo de ti,
A fracção que és,
O momento do ser que tens,
Os duplos que encontras
No desencontro que te prolonga
Por esse horizonte transverso
Que te multiplica na unidade que não encontras...

Blogger disse...

Nada. Ainda hoje esquecemos que somos felizes. Nada. Esquecemos que somos felizes ainda hoje…